Inadimplência de aluguéis cresce no Paraná
A taxa de inadimplência de aluguel no Paraná registrou alta pelo segundo mês consecutivo, saindo de 2,24%, em abril, para 2,53%, em maio, com variação de 0,29 ponto percentual. No comparativo com o mesmo período de 2024 (2,82%), houve uma retração de 0,29 ponto percentual. Apesar do aumento, o índice no estado ainda está abaixo da média nacional, que foi de 3,33% em maio. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país. Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “o aumento indica que as famílias estão com orçamentos mais apertados, prolongando o atraso de suas dívidas, dificultando a reorganização financeira e a regularização das contas. É bem importante monitorar as projeções de alta na inflação e nas taxas de juros, por serem fatores que podem agravar ainda mais a inadimplência de aluguel e o endividamento geral nos próximos meses”.
REGIÃO SUL É A MENOS INADIMPLENTE
Em maio, a região Norte voltou a figurar no topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,77%, após queda em abril (4,45%). A região Nordeste fechou em 4,68%, após ficar em primeiro lugar em abril (4,55%), à frente do Norte. Sudeste vem logo em seguida com taxa de 3,13%, ultrapassando o Centro-Oeste (3,12%), que estava em terceiro lugar desde novembro de 2024. A região Sul segue com a menor taxa do país, 2,70%. O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Sul, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu para 2%, em maio, mas ainda ficou abaixo da média nacional de 2,20%; e a de casas de 3,17% para 3,41%, também abaixo da média nacional de 3,72%. Já os imóveis comerciais registraram 3,45% de inadimplência, após 3,35% no mês anterior. No país, a média foi de 4,58% no mesmo período.
DATAS COMEMORATIVAS FORAM POSITIVAS PARA O VAREJO
O varejo tem colhido bons resultados ao longo de 2025, com destaque para o desempenho nas datas comemorativas. Momentos como Carnaval, Páscoa e Dia das Mães vêm registrando números expressivos em comparação aos anos anteriores. Mais recentemente, o Dia dos Namorados manteve essa tendência. Celebrada em 12 de junho, a data apresentou um crescimento de 11,3% nas vendas em relação a 2024, segundo dados do Itaú Unibanco. Esses números acompanham o bom momento vivido tanto pelas lojas físicas quanto pelo e-commerce, que segue em expansão acelerada. Com isso, a expectativa é de que o setor continue crescendo nos próximos meses, com o varejo já se preparando para as próximas datas festivas.
133 MILHÕES COMPRARAM NO DIA DAS MÃES
Com uma previsão de crescimento de 1,9% nas vendas em relação a 2024, estima-se que cerca de 133 milhões de brasileiros tenham ido às compras para presentear no Dia das Mães neste ano. O gasto médio por pessoa gira entre R$ 250 e R$ 450. Para entender o perfil do consumidor diante da data, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL firmou uma parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O estudo revela que 79% dos consumidores planejam os gastos antes da compra. Além disso, embora 80% dos consumidores ainda prefiram estabelecimentos físicos, a projeção é de um comportamento mais híbrido em 2025. Cerca de 45% dos clientes devem adquirir presentes para o Dia das Mães por meio de plataformas digitais. A Páscoa também registrou um desempenho positivo em 2025, com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) apontando um aumento de 6,4% nas vendas em comparação com o ano passado. Esse cenário é animador, considerando que, em 2024, houve uma queda de 5% nas vendas de produtos para a data em relação ao ano anterior. Além disso, é o melhor resultado desde 2019.
TAMPINHA LEGAL
O Tampinha Legal – maior programa socioambiental de caráter educativo em economia circular de iniciativa da indústria de transformação de plásticos das Américas, celebra, neste mês, mais uma conquista expressiva. Em um único dia, o programa recebeu mais de 3.700 kg de tampas plásticas, quantidade que gerou mais de R$10 mil reais, recurso financeiro que foi entregue integralmente para as entidades assistenciais participantes. Segundo a gerente do Instituto SustenPlást, Simara Souza, o programa está em uma linha de ascensão, celebrando números que comprovam a sua eficácia e simplicidade. “Esse resultado mostra que a sociedade está engajada. As pessoas entenderam que, com um gesto simples é possível transformar realidades inteiras. Cada tampa plástica representa muito mais do que, simplesmente, uma tampa plástica: representa recurso financeiro para quem precisa, saúde, dignidade e cuidado com o mundo em que vivemos”, destacou Simara. Com uma atuação que une sustentabilidade econômica e social, solidariedade e educação ambiental, o programa já superou a marca de 1 bilhão de tampinhas plásticas recolhidas, beneficiando centenas de instituições com mais de R$ 4,5 milhões revertidos diretamente às mais de 360 entidades assistenciais participantes, contribuindo para o fortalecimento do terceiro setor, ao mesmo tempo em que estimula a economia circular e reduz o descarte inadequado de resíduos plásticos.
GOVERNO COMEMORA RESULTADOS DA AGRICULTURA FAMILIAR
Com o encerramento da safra 2024-2025 neste mês de junho, a agricultura familiar fecha um ciclo de importantes conquistas. Como destaca a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, o número de operações registrou crescimento, o que significa que mais agricultores familiares hoje têm acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) a juros acessíveis. “Durante essa última safra, houve um crescimento de mais de 26% no número de operações. Hoje, temos quase 1 milhão e 700 mil agricultores familiares acessando as várias linhas do Pronaf. Esse crescimento não aconteceu de forma concentrada. Ao contrário, ele se expandiu em todo o país”, ressalta Fernanda Machiaveli. Segundo ela, a região Nordeste foi o grande destaque neste ciclo 2024-2025, com um crescimento de quase 100% no volume de recursos. “Teve um crescimento muito robusto na região Nordeste, um volume que quase dobrou. E o mesmo crescimento robusto também na região Sudeste, impulsionada muito por Minas Gerais, e na região Norte. O Pronaf está beneficiando vários estados e chegando em quem mais precisa”, frisa.
POSTURA INFLEXÍVEL DIFICULTA PAGAMENTO DE DÍVIDAS
Um estudo da Evollo, principal plataforma de speech analytics do mercado, revela que 60% dos consumidores inadimplentes tentam renegociar suas dívidas por iniciativa própria. Ainda assim, muitos não conseguem avançar com os acordos devido a barreiras como propostas inflexíveis, burocracia excessiva e falhas na comunicação. O levantamento é baseado na análise de milhares de interações reais entre empresas e consumidores em situação de inadimplência. Mesmo quando há intenção clara de pagamento, os consumidores esbarram em processos desumanizados e mal estruturados. Segundo a Evollo, a ausência de escuta ativa e o desalinhamento entre as ofertas e a realidade financeira do cliente são os principais motivos para o fracasso das negociações. “Os consumidores querem resolver, mas encontram portas fechadas. A cobrança ainda é pensada como punição, quando deveria ser uma oportunidade de reconexão com o cliente”, afirma Danilo Curti, cofundador e COO da Evollo.
JÁ SÃO 76 MILHÕES DE INADIMPLENTES
O cenário é alarmante. De acordo com dados do Mapa da Inadimplência da Serasa, o Brasil atingiu em maio de 2025 a marca de 76,6 milhões de pessoas inadimplentes — mais de 46% da população adulta. A maior parte das dívidas está relacionada a contas básicas, como cartão de crédito, contas de consumo e empréstimos pessoais. A dificuldade de negociação agrava ainda mais o problema, impedindo o reingresso dessas pessoas no mercado de crédito. A análise da Evollo identificou que a taxa de sucesso nas renegociações pode chegar a 78% quando são oferecidas condições mais adequadas ao perfil do consumidor. Parcelamentos acessíveis foram mencionados em 69% das interações como fator decisivo, seguidos por descontos diretos (36%) e promessa de regularização do nome em curto prazo (18%). “O problema não está na falta de vontade de pagar. Está na forma como o processo é conduzido”, destaca Curti.
EVENTO DE COMÉRCIO ELETRÔNICO
Curitiba, capital do Paraná, é um dos principais centros econômicos e tecnológicos do Sul do país, e será a cidade anfitriã da ExpoEcomm em 2025. O evento acontecerá no dia 15 de julho, reunindo especialistas, empreendedores e gigantes do comércio eletrônico. A ExpoEcomm é um termômetro essencial do varejo digital brasileiro, oferecendo uma imersão profunda nas tendências e inovações que moldam o setor. Com painéis estratégicos, rodadas de negócios e palestras de alto nível, o evento abordará temas cruciais como inteligência artificial, automação de vendas, integração de marketplaces e estratégias para o crescimento exponencial. É o ambiente ideal para quem busca compreender as direções futuras do comércio eletrônico e aprimorar sua competitividade.
PARANAGUÁ LIDERA AS EXPORTAÇÕES DE FRANGO NO BRASIL
A Portos do Paraná ampliou sua participação nas exportações brasileiras de proteína animal congelada, atingindo 35,1% do total nacional nos cinco primeiros meses de 2025. Com esse desempenho, o Porto de Paranaguá mantém o título de maior corredor exportador de carnes do Brasil. Entre janeiro e maio, foram embarcadas 1.280.167 toneladas com destino a países como China, Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita, entre outros. O volume representa um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando as remessas de carnes de frango, bovina e suína. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, com destaque para o Paraná, líder em produção. O Porto de Paranaguá concentra o maior terminal exportador de aves congeladas do planeta, responsável por 44,1% de toda a produção nacional enviada ao Exterior — mais que o dobro da participação do Porto de Santos, que registrou 20,9%. Em 2024, Paranaguá respondeu por 48% das exportações brasileiras de aves de corte. De janeiro a maio deste ano, os embarques de aves congeladas aumentaram 2,5%, mesmo diante das restrições impostas por alguns países em razão de um caso isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Foram movimentadas 923.477 toneladas, ante 900.909 toneladas registradas no mesmo período de 2024.