
Depois de ser a Maria Vasquez na adaptação cinematográfica de 2021 de West Side Story, dirigida por Steven Spielberg, Rachel Anne Zegler agora é a Branca de Neve da versão live-action do desenho da Disney de 1937. E a mulher-maravilha Gal Gadot é a Rainha, cuja maldade é tão grande quanto sua beleza. O encontro das duas é o maior encanto do filme que chega às telas nesta-quinta feira 20.
De sangue colombiano, Rachel vive a única princesa de cabelos pretos da Disney. E Gal, de sangue israelita, é a rainha mais bela dos contos de fada e a mais cruel.

Sinopse: Branca de Neve foge de seu reino para sobreviver à ira da madrasta, inconformada de perder para a enteada o posto da mais bela do mundo, conforme o Espelho Mágico vaticina. Com ajuda dos animais da floresta, ela encontra refúgio na casa dos sete anões: Dengoso, Mestre, Dunga, Zangado, Feliz, Soneca e Atchim. E na floresta revê seu “príncipe encantado”, enquanto a Rainha Má prepara a fulminante maçã envenenada.
Nessa fantasia musical dirigida por Marc Webb o roteiro tem perfume “feminista”, com assinatura de Greta Gerwig e Erin Cressida Wilson. Ainda que baseado no conto de fadas dos Irmãos Grimm, os personagens são subvertidos. Apenas a rainha má mantém a índole original, invejosa e gananciosa. A princesa não é uma menina romântica, aqui ela busca acender coragem para exercer liderança no reino.
O príncipe nem mais tem realeza nessa versão. É um foragido, tipo Robin Wood, interpretado por Andrew Burnap, ator mais conhecido por atuação nos palcos do que nas telas. Afinal, Greta Gerwig é roteirista da Barbie empoderada do filme de 2023.

Detalhe, tantos os bichinhos quanto os sete anões são irreais, foram criados por computação gráfica.
Se as crianças vão gostar? Não sei. Nem todo conto de fadas é infantil. Mas elas devem gostar da maçã envenenada, da rainha má, dos anões briguentos... Da Branca de Neve de sangue latino, eu gostei.