Número de inadimplentes no Paraná é o menor em 15 anos
17/02/2025 às 05:00

Os paranaenses começaram 2025 com as finanças mais equilibradas, refletindo uma melhora significativa nos índices de endividamento e inadimplência. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), indicam que o volume de endividados no estado caiu em janeiro. Segundo o estudo, 88% das famílias possuíam algum tipo de dívida no início do ano, o menor percentual para o mês de janeiro dos últimos oito anos. Essa queda no endividamento sugere que os consumidores do estado conseguiram se planejar melhor para as compras de fim de ano, utilizando de forma mais consciente o 13º salário e evitando comprometer excessivamente o orçamento familiar.
APENAS 3% NÃO CONSEGUEM PAGAR AS DÍVIDAS
Reflexo desse comportamento mais controlado, a inadimplência também apresentou melhora expressiva. Enquanto a média nacional de famílias com contas em atraso foi de 29,1% em janeiro, no Paraná esse percentual foi de apenas 12,3%, o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em 2010. O estado agora ocupa a penúltima posição no ranking nacional de inadimplência, ficando atrás apenas da Paraíba. Outro dado positivo é o número de famílias sem condições de quitar suas dívidas, que também atingiu seu menor nível histórico. Enquanto a média nacional ficou em 12,7%, no Paraná esse percentual foi de apenas 3%.
EMPRESA DE COLOMBO PROMOVE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES
A Versátil Andaimes e Escoramentos - empresa fornecedora de equipamentos para a construção civil e sediada em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) - será a primeira empresa do Brasil a receber a certificação de Boas Práticas no Combate à Violência Contra as Mulheres, concedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em parceria com o Instituto Nós Por Elas (NPE). A certificação foi lançada em julho de 2024 e possui diferentes níveis – bronze, prata, ouro ou platina. O reconhecimento decorre de várias ações implementadas pela empresa para atender os critérios da ABNT. A Versátil criou programas de conscientização para os colaboradores com palestras sobre a prevenção e combate à violência, políticas internas de equidade e inclusão para valorizar as mulheres e evitar discriminação de qualquer forma e estabeleceu parcerias estratégicas com organizações especializadas na defesa dos direitos das mulheres.
COMITÊ SÓ DE MULHERES
A ação mais relevante para a certificação foi a criação de um comitê, formado apenas por mulheres colaboradoras da Versátil, que tem sido capacitadas para acolher e orientar colegas que possam enfrentar situações de violência. Este grupo segue o Protocolo de Atendimento e Proteção às Mulheres Vítimas de Violência, documento interno, que apresenta procedimentos a serem adotados em caso de ocorrência de alguma espécie de violência, no ambiente de trabalho ou na vida familiar.
SETOR DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PROJETA CRESCIMENTO
A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE, apresentando números de faturamento do setor. O estudo indica que em janeiro, o faturamento das indústrias de materiais deve apresentar retração de 0,2% sob o mês de dezembro. Na comparação com janeiro de 2024, no entanto, deve ocorrer expansão de 0,6%. A projeção de fechamento para 2025 é de crescimento de 2,8%. Em janeiro, estima-se que o faturamento deflacionado dos materiais básicos alcance crescimento de 0,5%, enquanto os materiais de acabamento apresentem expansão de 0,8% em relação a janeiro de 2024. Na comparação com dezembro as estimativas são de aumento de 0,9% e contração de 1,3% respectivamente. Já os dados consolidados de dezembro de 2024 apontam aumento de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2023. Na comparação sazonal com novembro houve contração de 2,5%.
ANO DE OPORTUNIDADES
"O crescimento projetado de 2,8% para 2025 sinaliza um ano de oportunidades para o crescimento sustentável da indústria de materiais de construção, impulsionado por investimentos, novas tecnologias e processos produtivos, além de estímulos a programas de Estado, como habitações de interesse social. Claro que nesse contexto precisamos estar atentos e trabalhar muito para enfrentar os desafios trazidos pela conjuntura econômica envolvendo taxas de juros, inflação e endividamento das famílias, que afeta o consumo e a demanda do mercado imobiliário", aponta Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.
NOVAS VAGAS PARA JOVEM APRENDIZ QUASE DOBRAM
Um levantamento recente do Banco Nacional de Empregos (BNE) revelou que, em 2024, as vagas destinadas a jovens aprendizes apresentaram um crescimento de 94,6% em comparação com 2023. Enquanto que, no ano anterior, foram registradas 2.662 oportunidades, em 2024 o número de vagas aumentou para 5.180, apontando que existiram novas possibilidades para jovens ingressarem no mercado de trabalho, se tornando economicamente ativos. Os estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Ceará e Goiás lideram as ofertas de oportunidades em 2024. Já em 2023, os estados com maiores números de vagas foram São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. Em ambos os anos, os setores que se destacaram com maior demanda por vagas foram administração, comércio, educação, informática e recursos humanos. Para José Tortato, CIO do BNE, contar com jovens na força de trabalho é uma grande vantagem para as empresas, especialmente pela facilidade que esse público demonstra ao lidar com novas tecnologias e pelo seu potencial criativo. “Os jovens representam o futuro das equipes. Precisamos criar oportunidades para sua entrada no mercado de trabalho e prepará-los para assumir responsabilidades, garantindo que tenham as condições necessárias para liderar grandes projetos”, destacou.
CAI O NÚMERO DE FINANCIAMENTOS DE VEÍCULOS NO PR
Em janeiro, o Paraná foi responsável pelo financiamento de 42 mil veículos, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número representa uma queda de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024 e de 15,1% no comparativo com dezembro. No segmento de autos leves, verificou-se uma queda de 5,5% frente ao mesmo período do ano passado e de 17,6% comparado ao mês anterior. Na categoria de motos, foi registrada uma diminuição de financiamentos de 3,8% na comparação com janeiro de 2024, mas um aumento de 4,3% em relação a dezembro. Já o número de financiamento de veículos pesados no Estado foi 12% menor em janeiro, em base anual, e 36,2% menor frente a dezembro.
AS TAXAÇÕES DO GOVERNO TRUMP
O segundo mandato de Donald Trump começou com a implementação de tarifas adicionais sobre produtos importados, uma medida esperada, mas agora aplicada de forma mais agressiva. O foco da política é proteger a indústria nacional americana, especialmente setores como o de alumínio e ferro, que perderam competitividade ao longo das últimas décadas. No entanto, essa decisão afeta o Brasil e outros países, impondo sobretaxas que podem chegar a 25% em alguns produtos. Essas tarifas, além de encarecer os produtos estrangeiros nos Estados Unidos, visam incentivar as empresas americanas a comprarem de fornecedores internos. No caso brasileiro, os produtos de alumínio e ferro já estavam sujeitos a cotas, mas agora, com a sobretaxa, os custos para exportar se tornam ainda mais altos.
CONTRATOS PODEM SER CANCELADOS
Empresas que exportam para os EUA precisam considerar esse aumento no preço final, o que pode levar à revisão de contratos e até ao cancelamento de alguns deles. Apesar dos desafios, o movimento americano pode abrir portas para o Brasil em outros mercados internacionais, como o Canadá. “A aproximação entre Canadá e Estados Unidos em negociações comerciais pode levar empresas brasileiras a encontrarem uma alternativa viável ao mercado americano. Além disso, como a sobretaxa atinge também produtos de outros países, pode haver situações em que os produtos brasileiros continuem competitivos, mesmo com a tarifa adicional”, destaca Stefânia Ladeira, especialista em comércio exterior.
SENAC AMPLIA OFERTA DE CURSOS ON-LINE GRATUITOS
O Senac está lançando uma nova programação de cursos on-line gratuitos para atender às necessidades do setor produtivo brasileiro. O ambiente virtual "Senac Empresasampliou a oferta gratuita de cursos e treinamentos direcionados a empresas, trabalhadores do setor terciário e empreendedores. De acordo com o diretor-geral do Departamento Nacional (DN) do Senac, Marcus Fernandes, a iniciativa fortalece o setor produtivo brasileiro ao proporcionar acesso a soluções educacionais modernas e de qualidade. “A Senac Empresas é uma plataforma acessível e flexível para atender empresas de todos os portes e segmentos. Queremos que este seja um marco no fortalecimento da nossa relação com aqueles que viabilizam, com suas contribuições e seu apoio, a nossa atuação”, afirma. A ampliação da formação corporativa EAD busca auxiliar as empresas na qualificação de seus colaboradores, estreitando o vínculo com o empresariado, especialmente nas áreas de comércio de bens, serviços e turismo.
PRODUÇÃO DE QUEIJOS FINOS
Depois de ter um dos queijos desenvolvidos premiado como um dos nove melhores do mundo, o projeto que capacita, gratuitamente, pequenos e médios produtores de leite para a produção de queijos finos está ganhando nova proporção. Uma parceria entre o Biopark e o governo do Paraná deve levar a iniciativa para outras regiões do estado. Hoje, o projeto atende 29 produtores do Oeste do Paraná. O anúncio foi feito pelo governador Ratinho Junior durante visita ao estande do parque tecnológico no Show Rural, em Cascavel (PR). “O Biopark por si só é um dos projetos mais audaciosos que nós temos no Brasil nesta área de pesquisa e tecnologia. Queremos replicar esse projeto para outras regiões do estado para que a gente possa fazer com que mais famílias que produzem leite e queijo colonial possam produzir queijos finos e aumentar o valor agregado dos seus produtos”, ressalta o governador. “Hoje, o quilo do queijo colonial é comercializado em média a R$ 25, já o quilo do queijo fino pode chegar a R$ 150”, complementa o governador. “Há seis anos começamos a produzir queijos finos e a compartilhar esse conhecimento com pequenos e médios produtores de leite. Hoje já desenvolvemos a técnica de 60 tipos diferentes de queijos finos e logo vamos conseguir comercializá-los em todo o país”, frisa o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi.
 
 
 
 
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