
Um dos filmes mais sensíveis e de visão obrigatória para se voltar a acreditar que a humanidade tem cura está nos cinemas: Sing Sing, que concorre em três categorias do Oscar: Melhor Canção Original, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator, para Colman Domingo. Realmente o roteiro é digno de prêmio, todo o elenco está um primor e já conquista 97% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Fui ver o filme sem saber a história do elenco, o que me surpreendeu e causou maior alegria ao final. Mas quem lê resenhas antes de ir ao cinema já deve estar sabendo que os atores Clarence “Divine Eye” Maclin e Jon-Adrian “JJ” Velazquez são ex-prisioneiros da penitenciária de Sing Sing, como também David Giraudy, Miguel Valentin e John Whitfield.
Dirigido por Greg Kwedar e roteirizado por John H. Richardson, Brent Buell e Clint Bentley, o drama (bem equilibrado com doses cômicas) se passa no presídio de segurança máxima, localizado em Nova York. E focaliza o programa Rehabilitation Through the Arts (RTA), um grupo de teatro que acredita que a arte salva. O personagem central é Divine G (Colman Domingo), que, preso condenado injustamente, tem esperança no programa, que realmente existe em Sing Sing. O grupo acaba formando uma corrente fraterna e solidária.
Curiosidades
1- Preste atenção em uma cena de ensaio. De fato, são fitas das audições para a escolha do elenco do filme.
2-Nos Estados Unidos, o filme teve estreia simultânea nos cinemas e prisões do país. A inédita iniciativa aconteceu devido à parceria entre a A24, o RTA e a ong Edovo.
3-Com cerca de 1 700 presos, Sing Sing não tem pena de morte desde 1977.
4-Em 1970, a prisão passou a ser chamada Centro Correcional de Ossining, mas em 1985 voltou a ser Sing Sing que remete ao nome da tribo Sintsink, que era dona daquela área.