Mercado de concursos no Brasil movimenta R$ 5 bilhões no ano
13/02/2025 às 05:00

O mercado de concursos públicos no Brasil deve registrar um crescimento significativo em 2025, com expectativa de movimentar mais de R$ 5 bilhões, segundo estimativas de uma associação ligada a concursos públicos. O número é baseado na projeção de mais de 9 milhões de candidatos inscritos ao longo do ano e nos gastos médios dos concurseiros, que incluem taxas de inscrição, transporte, hospedagem, alimentação e materiais de estudo. De acordo com Marco Antonio Araujo Jr., presidente da Associação de Apoio aos Concursos e Exames (Aconexa), apesar da ausência de um dado específico sobre o faturamento do setor, o cenário se mostra promissor devido ao aumento da oferta de vagas. "O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 prevê 57 mil vagas no âmbito federal, com a possibilidade de criação de mais 5.952 postos, totalizando até 63.766 novas posições no Executivo, Legislativo e Judiciário", explica. Além disso, a realização de concursos de grande porte como o Concurso Nacional Unificado (CNU) deve impulsionar ainda mais a movimentação financeira no setor. Em 2024, o CNU registrou 2 milhões de inscritos, mas apenas 1 milhão compareceu. Para 2025, a expectativa é que o certame atraia novamente um grande número de candidatos. "Se considerarmos apenas os concursos do CNU, INSS, Polícia Federal, Banco do Brasil, Correios e Caixa Econômica Federal, já estimamos mais de 6 milhões de inscritos. Com outros certames em andamento, esse número pode ultrapassar os 9 milhões", afirma Araujo Jr.

BRDE LIBERA CRÉDITO PARA O AGRO NA SHOW RURAL

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou nesta quarta-feira (12) mais R$ 451,2 milhões em novos contratos de crédito para as áreas de inovação e agronegócio. Os contratos abrangem empresas, cooperativas e produtores rurais e foram assinados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Oeste. Segundo o governador, os recursos são um novo estímulo para toda a cadeia produtiva ligada ao agronegócio, que é um dos motores de desenvolvimento econômico do Paraná. “O BRDE é um banco que vem ajudando a fortalecer o desenvolvimento tanto da agricultura, como da indústria do Paraná”, afirmou. “Esses valores vão atender o Oeste do Paraná. São recursos para empresas e agricultores da região, em diversas áreas de investimento, para manter o Oeste forte, com essa produção que vem crescendo e se desenvolvendo ao longo dos anos, além de fortalecer o cooperativismo, gerando renda, emprego e riquezas para a região e todo o Paraná”, ressaltou Ratinho Junior. Segundo o diretor-administrativo do BRDE, Heraldo Neves, 60% da carteira atual do banco atende diretamente o agro.

PESSOAS EXCLUÍDAS DO CRÉDITO

Mesmo sendo muito útil para que a população acesse produtos e serviços essenciais para sua sobrevivência, o crédito acaba sendo um grande tabu aqui no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad) mostram que cerca de 73% dos brasileiros se sentem excluídos financeiramente justamente por não conseguirem acesso a essa facilidade. Em parte, o problema se deve aos modelos tradicionais de avaliação, que não conseguem capturar os comportamentos financeiros de pessoas que operam fora das estruturas bancárias formais. Com isso, a utilização de dados alternativos pode ser o grande trunfo das instituições financeiras, que ainda se baseiam em informações muito ultrapassadas de bureaus de créditos ao avaliarem potenciais clientes. Para se ter uma ideia, levantamento do Banco Mundial (Global Findex Database) mostra que 45% dos brasileiros são sub-bancarizados, recorrendo principalmente a transações em dinheiro ou serviços financeiros alternativos. Por outro lado, o Pix teve uma adoção explosiva, sendo usado regularmente por mais de 70% da população adulta, de acordo com o Banco Central. O crescimento dos pagamentos digitais apresenta uma enorme oportunidade para redefinir a avaliação de crédito, mas as instituições financeiras ainda estão se adaptando a isso.

MEIOS ALTERNATIVOS DE ANALISAR CLIENTES

De acordo com Igor Castroviejo, country manager da 1datapipe, provedora de soluções de consumer insights baseada em IA, o maior erro das instituições na hora da avaliação de crédito é definir pessoas que não tenham histórico bancário como detentoras de uma pontuação ruim. “Isso simplesmente não é verdade. Atualmente, temos tecnologias para avaliar comportamentos financeiros reais além dos modelos de crédito ultrapassados”, pontua o executivo. Considerada a tecnologia do momento, a Inteligência Artificial tem sido muito útil no segmento de avaliação de crédito. Por meio de sua utilização combinada com análise de dados, ela é capaz de fornecer insights que vão muito além de extratos bancários tradicionais. Ao analisar comportamentos financeiros reais, modelos baseados nessa tecnologia podem fornecer uma visão mais clara e inclusiva da capacidade de crédito. Tanto isso é verdade que um estudo da Cinnecta aponta que cerca de 50% das instituições financeiras já utilizam IA em seus processos de crédito, com 70% das equipes considerando alta a prioridade de se instalar novas tecnologias para aprimorar cada vez mais as avaliações.

FATURAMENTO DAS PEQUENAS EMPRESAS CRESCEU 4,5% EM 2024

O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica que o faturamento das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras apresentou avanço de 4,5% em 2024 na comparação anual. No quarto trimestre, o índice mostrou avanço de 3,3% frente ao mesmo período do ano anterior. O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 736 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços. Os dados do IODE-PMEs apontam performance superior ao PIB geral do país no último ano. Segundo o Boletim Focus do BCB, a mediana das perspectivas de mercado para o PIB de 2024 (cujo fechamento oficial ocorrerá em março/25) se encontra no patamar de 3,5%.

FORMAÇÃO PARA CORRETORES DE IMÓVEIS

Ser um corretor de imóveis, atualmente, significa estabelecer relações dentro de um mercado valorizado e competitivo. Cobiçada, a profissão ganhou status e os corretores que trabalham corretamente, desempenhando bem suas funções, podem ter uma carreira sólida, com crescimento profissional e ótimos rendimentos. Na Imóveis de Primeira, empresa de soluções imobiliárias referência em lançamentos e imóveis novos de alto padrão, a profissão é levada a sério. Criada em 2022, a “Universidade de Vendas” da empresa tem a premissa de formar corretores de imóveis. A iniciativa nasceu para qualificar a formação destes profissionais, provenientes das mais diversas áreas e graduações. A empresa também conta com plano de carreira com comissões diferenciadas para os corretores que se destacam, parcerias exclusivas com as melhores construtoras e disponibiliza um ambiente de trabalho que valoriza o estudo e o sucesso. Prova disso são os números obtidos em 2024, com 184 vendas realizadas por consultores diferentes, resultando em mais de 700 contratos assinados, uma média de dois contratos por dia.

PERFIL DOS CORRETORES

Segundo Daniela Dadalt, gerente de recursos humanos da Imóveis de Primeira, a empresa busca três perfis diferentes de profissional, uma vez que a maior riqueza de um time está na diversidade. “O perfil A é o do corretor de carreira e com CRECI ativo, que já está familiarizado com o mercado de alto padrão e luxo. O perfil B engloba também o profissional que já possui CRECI e acumula até 2 anos de experiência, mas nunca vendeu para o mercado de alto padrão. Já o perfil C é formado por profissionais sem experiência, mas com perfil de vendas. Esses são os alvos da Universidade de Vendas, oriundos de outras profissões, com tino para vender. Eles entram na empresa, recebem desconto para obter o CRECI e serão treinados para crescer dentro da empresa”, explica Daniela. Depois da admissão na companhia, o profissional tem boas perspectivas de crescimento na profissão. Dentro da hierarquia da Imóveis de Primeira, os estágios para os corretores são: trainee, júnior, pleno, sênior e gold.

FORMAÇÃO PARA ASSESSORES DE INVESTIMENTOS

O início de um novo ano é sempre a chance de um recomeço e, para muitas pessoas, pode ser o momento ideal para iniciar uma nova carreira. Essa possibilidade é especialmente atraente para os mais jovens, muitas vezes forçados a fazer uma opção profissional quando entram na universidade e ainda não dispõem de informações suficientes para tomar uma decisão que afetará seu futuro. A oportunidade de fazer uma transição de carreira com qualificação e oportunidades de crescimento é o principal chamariz do programa XP Future, criado pela companhia em 2021 para fortalecer um mercado que vem crescendo no país: o de assessoria de investimentos. Apontada como a profissão do futuro no mercado, a atividade se tornou a principal porta de entrada para quem deseja desenvolver uma carreira no segmento financeiro. Segundo relatório da Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), em janeiro deste ano, já haviam mais de 26,7 mil profissionais na área — em 2023, eram 24,8 mil.

 

 

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