Jean-Marie Le Pen fundou, em 1972, o partido Frente Nacional, atual Reunião Nacional Foto: Divulgação

Líder histórico da extrema direita na França, Jean-Marie Le Pen morreu nesta terça-feira (7), aos 96 anos. Ele é pai de Marine Le Pen, principal nome da extrema direita na política francesa atualmente.

Jean-Marie estava internado em uma casa de repouso havia várias semanas devido à sua saúde debilitada e morreu ao meio-dia no horário local (8h no horário de Brasília), ao lado de familiares.

Jean-Marie fundou, em 1972, a Frente Nacional, atual Reunião Nacional, um partido que, inicialmente, reunia neofascistas e depois foi se moderando. A legenda, no entanto, permanece sendo a principal da extrema direita na França. Após mais de 40 anos no comando do partido, Jean-Marie foi expulso do Reunião Nacional em 2015 depois de declarações sobre o Holocausto.

O atual presidente do Reunião Nacional, Jordan Bardella, lamentou a morte de Jean-Marie e o chamou de “tribuno do povo”. “Engajado sob o uniforme do Exército francês na Indochina e na Argélia, tribuno do povo na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu, ele sempre serviu à França, defendeu sua identidade e sua soberania”, afirmou Bardella.

Quem foi Jean-Marie Le Pen

Nascido em 20 de junho de 1928 em La Trinité-sur-Mer, no Oeste da França, e formado em direito, Jean-Marie serviu como legionário nas guerras da Indochina (1953) e Argélia (1957).

O político foi candidato à presidência da França por cinco vezes. Em 2002, chegou ao segundo turno, sendo derrotado por Jacques Chirac.

Ele foi eleito em 1956 para a Assembleia Nacional e derrotado nas eleições legislativas de 1962. Em 1984, foi eleito eurodeputado e, nas legislativas de 1986, foi novamente eleito à Assembleia Nacional francesa.