Pesquisa foi apresentada por Marcelo Gonçalves, sócio consultor da Brain (de verde) no encontro mensal da Confraria Imobiliária de Curitiba, presidida por Carlos Eduardo Canto. Fotos: Gerson Lima
Confira o balanço de 2024 e as expectativas para o ano que vem, apresentadas em pesquisa da Brain Inteligência Estratégica
O mercado imobiliário de Curitiba se prepara para terminar o ano com números recordes tanto em vendas, quanto em valorização e lançamentos. Durante o encontro mensal da Confraria Imobiliária de Curitiba, realizado na última terça-feira (19), a Brain Inteligência Estratégica apresentou aos empresários do setor o balanço do mercado imobiliário em 2024 e as projeções para o ano de 2025.
Em relação ao número de alvarás liberados, houve um crescimento de 35% em 2024 em relação a 2023, com 9.265 liberações ou o equivalente a 905 mil m² de área para construção. O volume de unidades novas vendidas em Curitiba cresceu 37% entre janeiro e setembro, em relação a igual período de 2023. Já o preço da construção por metro quadrado, que está hoje em R$13 mil, foi reajustado em 10%, bem acima dos índices inflacionários.
“Estamos num momento em que vendemos mais do que a macroeconomia nos mostraria. Ainda no terceiro trimestre, a gente vê um mercado bem amplo, se olharmos o programa Minha Casa Minha Vida, que está ainda mais forte, o mercado de lançamento e as vendas pelo país, de forma geral. Em Curitiba, temos uma continuação no número de lançamentos e a diminuição do estoque, ou seja, a cidade está vendendo mais do que lança, o que é muito importante”, avalia Marcelo Gonçalves, sócio consultor da Brain Inteligência Estratégica.
Presidente da Confraria Imobiliária de Curitiba, Carlos Eduardo Canto afirma que o aquecimento do mercado de imóveis se deve à valorização, que está levando muitos investidores a optarem por este tipo de investimento, mesmo com juros elevados. "Outros motivos que observamos são o aumento de casamentos e separações, além do fluxo de pessoas vindas de outras cidades. A rentabilidade faz com que investidores, que têm R$400 mil aplicados em bancos, troquem a renda fixa pela compra do segundo imóvel para locação. Tanto que Curitiba é hoje a quarta capital com metro quadrado mais elevado de aluguel, atrás de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro", ressalta.
Expectativas do mercado imobiliário
Marcelo Gonçalves apresentou em primeira mão algumas das principais expectativas de empresários, construtoras e incorporadoras do mercado imobiliário para 2025, a partir de levantamento feito pela Brain.
Em relação ao desempenho das empresas para o próximo ano, 35% disseram que a expectativa é "muito melhor", 43% "pouco melhor", 18% "igual ou próximo a 2024", e 4% "pouco pior". A opção "muito pior que 2024" não pontuou.
Já sobre o volume de lançamentos previstos para 2025 em relação a 2024: 25% pretendem lançar "muito mais", 31% lançar "pouco mais", e 21% lançar próximo a 2024. Ou seja, no total os lançamentos para o próximo ano serão em 77% superiores ou iguais a 2024. Completando a pesquisa, 5% irão lançar "pouco menos", 3% "muito menos" e 15% não terão lançamentos em 2025.
Os riscos observados para 2025 também foram tema do levantamento, num comparativo entre loteadores e incorporadoras:
• Incertezas políticas e econômicas
Loteadores: 70%
Incorporadoras: 78%
• Obtenção de licenças e aprovações
Loteadores: 64%
Incorporadoras: 26%
• Aumento nos custos de produção
Loteadores: 50%
Incorporadoras: 54%
Fonte: Brain Inteligência Estratégica.