
A Universal Pictures coloca nas telas
Wicked-Parte 1, que será lançado nos cinemas de todo o país nesta quinta dia 21 e a sequência em 2025. Dirigido por Jon M. Chu, o longa (quase três horas de duração) é uma adaptação do musical da Broadway, contando uma história desconhecida da origem da Bruxa Malvada do Oeste, do Reino de Oz. Orçado em 150 milhões de dólares, o filme, tanto pelo roteiro quanto pelos aspectos visuais (e tem brasileiro na criação), é sério candidato ao Oscar 2025.
Nesse primeiro capítulo, a história, roteirizada por Winnie Holzman, traz Cynthia Erivo (A Cor Púrpura, do musical da Broadway) no papel de Elphaba, personagem que desde criança sofre preconceito por ter cor verde, e a estrela Ariana Grande como Glinda, uma espécie de Barbie, ambiciosa, egoista e mimada
.
Estrelado ainda por Jonathan Bailey (
Bridgerton), Bowen Yang (
Megarromântico), Jeff Goldblum (
Jurassic Park) e Michelle Yeoh (
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo). A a esss história de Oz acontece na Universidade de Shiz, onde Elphaba e Glinda se conhecem nas aulas de arte da magia. A jovem verde é desprezada e a jovem loirinha é a mais popular da turma. O relacionamento delas vai da inimizade à cumplicidade, da amizade à traição, embalado por números musicais o mágico de Oz (Jeff Goldblum), sim, aparece, de forma surpreendente.
Wicked surgiu em livro do escritor Gregory Maguire, editado em 1995, quase cem anos depois de O Mágico de Oz (de L. Frank Baum, 1900). E estreou como musical, na Broadway, em 2003, com
Idina Menzel no papel da bruxa verde. Muitos prêmios depois e recordes de bilheteria, incluindo as sessões em São Paulo, a versão cinematográfica foi anunciada pela Universal, mas a direção seria de Stephen Daldry (Billy Elliot, As Horas). No entanto, o escolhido foi Jon M. Chu, notabilizado por Podres de Ricos (2018), Chu assina a direção também da segunda parte.
Efeitos visuais

O brasileiro, chefe da equipe de efeitos visuais, é o mineiro Romualdo Amaral. Entre as animações que chamam atenção pela originalidade estão um moderno e exótico trem e a bolha, meio de transporte de Glinda, que surge nas primeiras cenas. O trabalho do artista digital, incluindo movimentação de câmeras, transpôs a peça do teatro para as telas com visual elogiado pela técnica de bem misturar IA com live-action. Segundo os entendidos, é digno de prêmio. Romualdo Amaral permanece trabalhando em
Wicked parte 2. Mas, ainda que a computação tenha papel relevante, consta que os jardins são reais. Jon M. Chu diz ter pedido o plantio de nove milhões de mudas de tulipas para compor o visual da Cidade das Esmeraldas.
Para deleite dos fãs de cinema, as tulipas surgem exuberantes e os aplausos são deivos à diretora de fotografia Alice Brooks.

Por fim, há uma espécie de homenagem oculta a coreografias de musicais clássicos, como Noviça Rebelde, quanto mais recentes, como Embalos de Sábado à Noite. E as duas atrizes entregam performances cativantes. São doces surpresas para quem não resmunga quando se vê diante de um musical hollywoodiano e, por certo, garantia de indicações ao Oscar 2025.