
Ao longo do antigo muro, uma série de eventos para marcar a data - Foto: Visit Berlin
Berlim se prepara para comemorar, dias 8, 9 e 10 de novembro, os 35 anos da derrubada do Muro que durante 28 anos dividiu a antiga, e atual, capital da Alemanha em duas cidades: a Ocidental e a Oriental, esta dominada pelo regime comunista da ex-União Soviética, ao tempo da chamada Guerra Fria. O Muro de Berlim, que foi chamado de ‘muro da vergonha’, começou a ser construído em 13 de agosto de 1961 e começou a ser derrubado em 9 de novembro de 1989, numa memorável festa da Democracia.
Para marcar estas três décadas e meia da reunificação, a capital alemã programou, entre várias outras, uma programação ao longo de quatro quilômetros de extensão do muro. Em locais importantes como o Portão de Brandemburgo e o Checkpoint Charlie – o posto militar na fronteira que dividia os setores ocidental e oriental - haverá exposições temáticas além de uma instalação de pôsteres lembrando a quadra do muro.
O fim de semana composto por 9 e 10 de novembro (sábado e domingo) terá palestras, atividades culturais e concertos – o de encerramento será em frente à antiga sede da Stasi, a polícia secreta da antiga Alemanha Oriental, ironicamente chamada de República Democrática da Alemanha. Um evento chamado de Band for Freedom reunirá cerca de mil músicos no que está sendo chamado de “o maior palco do mundo”.
O calendário especial das comemorações lista também exposições como “Remembering the Revolution/Shaping Democracy” pela Berlin Wall Foundation; uma exposição de fotos no centro cultural
C/O Berlin; a exposição “
Blown Away: the Palace of the Republic”, no Humboldt Forum; e o “
Campus for Democracy”, em 10 de novembro, n antiga sede da Stasi, evento sobre a queda do muro com foco sobre perspectivas históricas.
Embora tenha sido construído há mais de seis décadas, o Muro ainda está muito presente em muitos lugares. Por exemplo, na
East Side Gallery, a maior galeria a céu aberto do mundo, que se estende por 1.316 metros ao longo das margens do rio Spree em Friedrichshain, tornando-se a maior seção contínua do Muro. Ali, 100 obras de arte documentam os desenvolvimentos políticos dos anos de revolta.