47% dos brasileiros fazem compras de mercado no e-commerce
Pesquisa da Neogrid realizada em parceria com o Opinion Box mostra que 52% dos consumidores preferem se deslocar até as lojas físicas
27/03/2024 às 10:14
Nova pesquisa sobre os hábitos de compra dos brasileiros em supermercados realizada pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo, em parceria com o Opinion Box, empresa referência em tecnologia para pesquisa de mercado e experiência do cliente, mostra que 47% dos entrevistados optam por adquirir bens de consumo no varejo online, enquanto 52% preferem se deslocar até as lojas físicas. 

Cerca de 25% dos respondentes afirmam realizar compras de supermercado no varejo digital com frequência diária (5%) ou semanal (18%), sendo a periodicidade mensal (41%) a mais mencionada. Quando questionados sobre os motivos que os levam a fazer compras de bens de consumo pela internet, o preço e a conveniência surgem como os principais fatores apontados. 

Ao todo, 72% dos consumidores declaram a intenção de aumentar a frequência desse tipo de compra no ambiente online em 2024, enquanto 27% planejam manter o mesmo ritmo do ano passado. Os produtos de bens de consumo ocupam uma posição semelhante aos eletrônicos entre os mais adquiridos no e-commerce, ficando atrás apenas de roupas e acessórios.

"A pandemia foi o ponto de virada para as pessoas começarem a fazer compras de supermercado no varejo online, que hoje ocupam quase a mesma proporção das lojas físicas tradicionais", analisa Robson Munhoz, diretor de Costumer Success da Neogrid. “Isso significa que os supermercados que não se adaptarem à nova realidade do consumidor e ter o produto disponível, evitando ruptura, vão acabar perdendo a preferência do público.”

Os erros mais comuns com seus dados pessoais

A prática de compartilhar o CPF para abocanhar descontos se tornou quase um ritual em nossas idas às compras. Nas farmácias, mercados e outros tipos de comércio, o número do documento é o primeiro dado que o vendedor solicita antes mesmo de informar o preço do produto. Mas, o que parece ser apenas uma chave mágica para ofertas exclusivas, pode, na verdade, abrir portas para uma série de riscos. 
 
A advogada Maria Heloísa Chiaverini de Melo, especialista em Direito Digital, Compliance e Governança, explica que este pode ser um indício de que os seus dados serão vendidos. Segundo ela, os maiores riscos do vazamento de dados vão além de ter empréstimos feitos por terceiros em seu nome. “Criminosos podem usar os dados pessoais para invadir sistemas e cometer uma série de crimes virtuais que podem fazer a vida da vítima virar um inferno em pouco tempo. Os riscos são inúmeros”, comenta. 
 
A especialista explica que o pedido do CPF no balcão cria uma falsa impressão de que descontos só serão aplicados mediante o fornecimento do dado, prática que contraria a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Estabelecimentos devem fornecer, proativamente, informações claras sobre como os dados serão utilizados, assegurando que o consentimento para o uso do CPF não esteja atrelado a benefícios. É preciso garantir que o consentimento seja uma escolha informada, e não uma moeda de troca”, observa. 
 
O diretor comercial e de marketing da BrevenLaw, startup de compliance jurídico, Marcelo Pereira, explica que, antes de entregar seu CPF ou outras informações sensíveis, o consumidor deve questionar o destino de seus dados e a segurança na guarda dessas informações. “Todo mundo quer pagar menos por um produto ou serviço, mas isso não pode acontecer às custas da sua segurança. Sempre questione o lojista sobre a possibilidade de descontos através de métodos alternativos de identificação”, comenta.
 
Outro erro comum que compromete nossa segurança digital é o aceite automático dos termos e políticas dos sites. “Reserve um momento para realmente ler e entender o documento com o qual você está concordando, ele pode te explicar como os seus dados serão tratados e você não precisa concordar com eles”, diz a advogada.
 
É preciso também estar atento ao preenchimento de formulários na internet. “Preste atenção em todas as perguntas feitas em formulários on line e não informe mais que o necessário para cada ação. Se você não está fazendo compras, por exemplo, não tem motivo para informar os dados do seu cartão de crédito e o código de segurança. E nunca, nunca, forneça senhas para nada”, ensina Pereira.
 
Um sinal de que você está prestes a cair em uma armadilha virtual é a gramática. “Há golpes visualmente bem construídos, que induzem as pessoas a acreditarem que estão em páginas oficiais para entregarem seus dados com facilidade. Mas se há um sinal inequívoco de golpe, é o português ruim. Muitos golpes vêm com erros de português, isso é extremamente comum em fraudes”, conta Maria Heloísa.
 
App permite desconto de compras no contracheque

Quando o assunto são os benefícios, os departamentos de recursos humanos enfrentam, assim, um desafio: oferecer vantagens que possam atender necessidades e anseios de cada público. Entram em cena as soluções em tecnologias da informação para proporcionar essa flexibilidade, sem que o RH precise gerenciar uma verdadeira “Torre de Babel” de benefícios. A startup SalaryFits é um desses empreendimentos que se propõe a automatizar, para os recursos humanos, todo o processo de desconto em folha de pagamento de uma ampla gama de benefícios. Ela faz o elo entre fornecedores e RHs.

“É uma plataforma que conecta as empresas fornecedoras de benefícios – planos de saúde, planos odontológicos, instituições financeiras, instituições de ensino, varejo, entre tantos outros – aos gestores de RH. Isso simplifica a rotina desses departamentos. E, com as tecnologias disponíveis, é possível oferecer pacotes mais flexíveis de benefícios, mais adequados às diferentes realidades dos colaboradores”, explica o CEO da SalaryFits, Délber Lage.

Incluem-se também, entre as possibilidades, descontos em supermercados, farmácias e outros estabelecimentos comerciais e de serviços. “Com todos esses agentes conectados às plataformas, fazemos o elo com os departamentos de RH das empresas, que passam a oferecer a seus colaboradores a possibilidade de realizar suas compras com pagamento posterior, descontado em folha, sem acréscimos, sem taxas e nem juros”, ilustra Lage.

Ao colaborador, basta baixar o aplicativo SalaryPay, quando da realização de uma compra nos estabelecimentos parceiros. “A despesa é informada à empresa empregadora do colaborador. O valor virá descontado no próximo contracheque, de forma automática e a partir da gestão via sistema da SalaryFits. Pelo aplicativo, também se calcula o limite que o funcionário tem para gastar sem se comprometer para além de sua capacidade. Tudo de forma rápida, instantânea e com segurança”, descreve o CEO da SalaryFits.

Programa de inovação TechStart recebe inscrições

O programa de inovação aberta e aceleração TechStart abre inscrições para o ciclo de aceleração de 2024. Até 31 de março, startups podem se inscrever gratuitamente para a jornada, dividida em duas trilhas: Aceleração e Growth. A organização do TechStart prioriza startups que já tenham passado pelas fases de validação inicial, tenham um time formado e estejam atuando no mercado, porém, negócios que se encontram em outras etapas também podem se inscrever. Para participar, os interessados devem realizar o cadastro através do site da Venture Hub, responsável pelo programa.

O TechStart tem como foco acelerar e impulsionar soluções tecnológicas para desafios da economia brasileira. Neste ano, o ciclo irá priorizar 5 áreas-chave do nosso país: Saúde, Supply Chain, Agro Digital, Food Innovation e Indústria 4.0.

Além das cinco verticais, o TechStart irá trabalhar com 2 drivers de inovação: Inteligência Artificial e ESG. Com negócios estando mais atentos às questões de governança, social e ambiental e com o crescente surgimento de tecnologias de inteligência artificial, o programa reconhece a importância desses temas e a relevância deles no futuro do mercado. Assim, o TechStart abre a possibilidade para que startups que incorporem esses drivers em seus negócios participem do programa sem a necessidade de estarem em uma vertical específica.

Após a inscrição, as startups são avaliadas e passam por uma análise criteriosa da equipe do programa, composta por especialistas em negócios e tecnologia. Feito a avaliação, as selecionadas são convidadas a participar da trilha TechStart Aceleração.

Essa trilha acontece entre abril e junho e é marcada por 13 encontros online e ao vivo, com o objetivo de contextualizar as startups em uma série de ferramentas focadas em ideação, validação e planejamento do desenvolvimento tecnológico, além de apresentar pontos iniciais de vendas. Ela é totalmente gratuita e cerca de 100-150 startups são convidadas a participar por ano.

Startups mais avançadas ou que desempenharam uma performance melhor durante a fase de aceleração são qualificadas e convidadas a participar da trilha TechStart Growth. Nesta trilha, o objetivo é conduzir um seleto grupo de startups em uma jornada completa de desenvolvimento com foco em métricas de OKR, ferramentas de tração, escala, desenvolvimento tecnológico, preparação para investimento e conexão com atores do ecossistema.
 
Comentários    Quero comentar
* Os comentários não refletem a opinião do Diário Indústria & Comércio