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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,40% em dezembro e ficou 0,07 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,33%). Com isso, o IPCA-15 fechou o ano de 2023 com 4,72% de variação. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 0,94% para o período de outubro a dezembro. Em dezembro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,52%.
Período |
TAXA |
Dezembro de 2023 |
0,40% |
Novembro de 2023 |
0,33% |
Dezembro de 2022 |
0,52% |
IPCA-E |
0,94% |
Acumulado no ano |
4,72% |
Acumulado nos 12 meses |
4,72% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em dezembro. A maior variação (0,77%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes. Os grupos Alimentação e bebidas (0,54%) e Habitação (0,48%) também registraram alta e contribuíram, respectivamente, com 0,12 p.p. e 0,07 p.p. As demais variações ficaram entre a queda de 0,46% de Comunicação e a alta 0,56% de Despesas Pessoais.
Grupo |
Variação Mensal (%) |
Impacto (p.p.) |
Variação Acumulada (%) |
|||
Outubro |
Novembro |
Dezembro |
Dezembro |
Trimestre |
12 meses |
|
Índice Geral |
0,21 |
0,33 |
0,40 |
0,40 |
0,94 |
4,72 |
Alimentação e bebidas |
-0,31 |
0,82 |
0,54 |
0,12 |
1,05 |
0,83 |
Habitação |
0,26 |
0,20 |
0,48 |
0,07 |
0,94 |
4,94 |
Artigos de residência |
0,05 |
0,24 |
-0,15 |
-0,01 |
0,14 |
-0,03 |
Vestuário |
0,33 |
0,55 |
0,03 |
0,00 |
0,91 |
3,39 |
Transportes |
0,78 |
0,18 |
0,77 |
0,16 |
1,74 |
7,41 |
Saúde e cuidados pessoais |
0,28 |
0,08 |
0,14 |
0,02 |
0,50 |
7,31 |
Despesas pessoais |
0,31 |
0,52 |
0,56 |
0,06 |
1,40 |
5,54 |
Educação |
0,07 |
0,03 |
0,05 |
0,00 |
0,15 |
8,20 |
Comunicação |
-0,29 |
-0,22 |
-0,46 |
-0,02 |
-0,97 |
2,85 |
No grupo Transportes (0,77%), o subitem passagem aérea subiu 9,02% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,27%), houve queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%), enquanto o gás veicular (0,08%) registrou alta.
Ainda em Transportes, o subitem táxi apresentou alta de 0,83% devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo (2,80%), a partir de 28 de outubro. O subitem ônibus urbano (1,91%) também subiu, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador (5,69%), a partir de 13 de novembro. Em São Paulo, destaca-se a alta de 6,67% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público, que haviam recuado 6,25%, no mês anterior, em decorrência da gratuidade concedida nos transportes metropolitanos para toda a população nos dias de realização das provas do ENEM.
No grupo Alimentação e bebidas (0,54%), a alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (10,63%), da batata-inglesa (10,32%), do arroz (5,46%) e das carnes (0,65%). Por outro lado, os preços do tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram.
A alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação a novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,50%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,22% e 0,35%, respectivamente).
No grupo Habitação (0,48%), o resultado da energia elétrica residencial (0,82%) decorre de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência da pesquisa: de 5,91% em Goiânia (2,97%), a partir de 22 de outubro; de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas em São Paulo (1,66%), a partir de 23 de outubro; de 9,65% em Brasília (1,35%), a partir de 22 de outubro; e de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,59%), a partir de 22 de novembro.
Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (1,43%) foi influenciada pelos seguintes reajustes tarifários: de 14,43% em Fortaleza (6,28%), a partir de 29 de outubro; de 10,23% no Rio de Janeiro (10,23%), a partir de 8 de novembro e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de novembro; de 15,76% em Belém (9,21%), a partir de 28 de novembro; e de 4,97% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (1,15%), a partir de 1º de dezembro. O gás encanado (0,47%) também apresentou alta por conta do reajuste médio de 0,98% no Rio de Janeiro (0,54%) a partir de 1° de novembro e de 3,30% em São Paulo (0,55%) a partir de 10 de dezembro.
Quanto aos índices regionais, nove áreas tiveram alta em dezembro. As maiores variações foram em Fortaleza e Goiânia, ambas com 0,77%. Nos dois casos, a principal contribuição veio da gasolina, com variações de 6,48% e 2,33%, respectivamente. Já o menor resultado ocorreu em Recife (-0,26%), onde houve queda no preço da gasolina (-4,66%).
Região |
Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) |
Variação Acumulada (%) |
|||
Outubro |
Novembro |
Dezembro |
Trimestre |
12 meses |
||
Fortaleza |
3,88 |
-0,28 |
0,24 |
0,77 |
0,73 |
4,92 |
Goiânia |
4,96 |
0,63 |
0,15 |
0,77 |
1,56 |
4,02 |
Brasília |
4,84 |
0,30 |
0,61 |
0,68 |
1,60 |
5,57 |
Rio de Janeiro |
9,77 |
0,26 |
0,56 |
0,59 |
1,42 |
4,00 |
Salvador |
7,19 |
0,40 |
-0,12 |
0,45 |
0,73 |
4,24 |
São Paulo |
33,45 |
0,21 |
0,47 |
0,45 |
1,13 |
5,06 |
Belo Horizonte |
10,04 |
0,21 |
0,46 |
0,35 |
1,02 |
5,01 |
Belém |
4,46 |
-0,07 |
0,25 |
0,29 |
0,47 |
5,03 |
Porto Alegre |
8,61 |
0,27 |
0,22 |
0,29 |
0,78 |
4,80 |
Curitiba |
8,09 |
0,20 |
0,06 |
-0,01 |
0,25 |
4,59 |
Recife |
4,71 |
-0,06 |
-0,04 |
-0,26 |
-0,36 |
3,53 |
Brasil |
100,00 |
0,21 |
0,33 |
0,40 |
0,94 |
4,72 |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 14 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Por: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística